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segunda-feira, 28 de março de 2016

O que penso sobre política partidária, polarização e líderes políticos como Lula e Aécio.


Desde 2008 decidi aproximar-me do contexto político devido algumas situações que passei a observar no meio político evangélico. Como resultado desta minha aproximação, meu trabalho de conclusão de curso foi “O Cristão e a política: A falta de preparo dos que exercem ou aspiram cargos públicos.”
Desde então foi inevitável a ligação dos assuntos ligados ao tema. A partir de 2013 cooperei com o blog acadêmico http://midiareligiaopolitica.blogspot.com.br/, abastecendo a autora semanalmente com assuntos ligados a política e os cristãos, com notícias que garimpava todos os dias por meios jornalísticos.

Não me tornei um expert no assunto, mas consegui ao longo desses anos fazer algumas reflexões e acentuar minha percepção; ficando ainda mais evidente com todo esse burulamento político contemporâneo.

Nunca falei desse assunto dessa forma, mas gostaria de compartilhar, pautando-me também pelos textos de Marcos Botelho.

Sobre a política partidária
Obviamente que o politicismo, como o apoliticismo (aversão a política), ainda vigente em diversos seguimentos da sociedade é fruto de vários fatores históricos e principalmente pela forma em que fomos catequisados no passado. Política vem de Polis, a arte de governar; tornando-se inevitável vivermos sem isso, mesmo que conscientemente não percebamos. Daí a importância de termos pessoas preparadas e vocacionadas para o exercer de um trabalho tão nobre e honroso diante de Deus. 

João Calvino disse: “Não se deve pôr em dúvida que o poder civil é uma vocação, não somente santa e legítima diante de Deus, mas também mui sacrossanta e honrosa entre todas as vocações”.

A meu ver, o problema se evidenciará na política partidária. Toda e qualquer tentativa de departamentalização a revelia, bem como o engessamento de grupos específicos para causas especificas, em detrimento ao bem coletivo, torna-se a longo prazo algo insuportável. Isso já acontecia na igreja de Corinto, de acordo com a Bíblia Sagrada. Lá existiam quatro grupos, com causas especificas e com supostas legitimidades. O problema é que apesar da beleza dos grupos em seus empreendimentos e suas inclusões particulares e pensamentos em comum, isso é visão cartesiana ocidental; não se vê o todo. Jesus não ensinou isso.

No Brasil, o problema se agrava devido o número de partidos, (35) cada um como “paladinos” das resoluções nacional.

A polarização dos partidos (PT / PSDB)
Acredito que uma das grandes exposições da ignorância humana é a polarização. O grande problema é que quando estamos polarizados, não conseguimos perceber tal exacerbação, muito pelo contrário; nosso grande desejo é fazer de tal enredo uma via sacra de evangelização política da causa polarizada.
Nesse meio não tem diálogo, mas imposição. Não tem reflexão, mas discussões conflituosas. Muito parecido com “crentes” que buscam impor sua “verdade”.

Fica cada vez mais evidente que essa polarização, nas tentativas pessoais, e no jeito torcedor de ser, querem provar por argumentos e “provas” de como minha “tribo” está correta. Usamos fotos emblemáticas polarizadas em defesa de teses pessoais. Isso em qualquer movimento: Religioso, político, esportivo, causa social.

A manifestação desse dia 13 serve-nos de campo de pesquisa. Ali foram milhões de pessoas protestando, mas somos capazes de usar (garimpando) uma única foto adequada, que possa (ao nosso ver) resumir e ao mesmo tempo generalizar a verdade de todas as pessoas que lá estavam. Isso é juízo polarizado e perigoso. Assim como também ao contrário. Usam fotos polarizadas para generalizar os que lá não estavam.

Engraçado é ver a alegria de blogueiros e políticos midiáticos que ganham com isso, enquanto muitos pensam estar evangelizando com seus discursos extremados.

Hoje as pessoas procuram polos, pois não sabem viver de forma equilibrada. O equilíbrio não dá manchete. É preciso entender que o lado avesso do vestido é o mesmo vestido. O Petista de carteirinha não é diferente do Psdbista de carteirinha. Jean Wyllys é o mesmo Bolsonaro, são personagens midiáticos que vendem uma ideologia. Hoje Lula é o mesmo Aécio. Lados distintos de uma mesma moeda.

Meu parecer sobre o Lula e Aécio.
Devido a onda de polarização, muitos simplesmente querem não concordar. Ninguém cederá. De um lado PT, do outro PSDB. Muito parecido com brigas religiosas. Uso os dois partidos, pela notoriedade atual.

Precisamos ter equilíbrio para reconhecer o que precisa ser reconhecido. A meu ver, Lula foi um grande presidente. Sim, um dos melhores presidentes que nosso Brasil já teve. Não tenho dúvidas disso. Mas também não posso ser adepto de uma teoria da conspiração, quando este passa a ser investigado. Seu tempo como presidente e seus aspectos positivos não o deixa acima de qualquer um de nós. É claro que respeitando os meios necessários e as instituições ele tem que ser investigado. Não somente ele, mas Aécio, ou qualquer um.

Quem não entende isso, é preciso entender que quando um líder ovacionado despenca, a primeira reação de seus seguidores é não acreditar, e aliado a dor emocional da decepção, buscará justificar o líder, sempre buscando apresentar líderes “piores que ele”, ou recursos midiáticos que buscam desqualificar a causa do outro.

Não resta dúvida que pessoas como o Lula devem ter nosso respeito pelo que fizeram, mas não posso negar que as investigações também merecem nosso respeito.

Existe no Brasil um discurso ignorante que prega a ideia que não vale a pena protestar para tirar um ruim para deixar outro. Não! Mil vezes, não! Precisamos protestar quantas vezes forem necessárias. Todos os corruptos devem ser presos. Todos que sentarem na “cadeira presidencial, do senado, da câmara, ou qualquer cadeira pública”, deverão, e estarão sob os nossos olhares.

Não adore líderes
A adoração dos líderes acaba sendo o trunfo de polarizados, pois precisam ser representados. Como disse Marco Botelho:
Petistas dizem que somos manipulados pela Mídia em uma aliança com a Policia Federal; Psdbistas dizem que somos manipulados pelo governo do PT/PMDB em uma aliança com os sindicatos.
Somente vejo uma polaridade “a la” igreja Corinto, e que está longe do que realmente Jesus nos ensinou. Jesus é nosso Senhor, não devemos cultuar esses “deuses” da política. Os polarizados precisam entender que Jesus nos ensinou aplaudir o bem seja em qualquer lugar; assim como não negar ou omitir o enfrentamento do erro, da roubalheira, da impunidade, em que partido quer que se manifeste: PMDB, PTB, PDT, PT, DEM, PCdoB, PSB, PSDB, PTC, PSC, PMN, PRP, PPS, PV, PTdoB, PP, PSTU, PCB, PRTB, PHS, PSDC, PCO, PTN, PSL, PRB, PSOL, PR, PSD, PPL, PEN, PROS, SD, NOVO, REDE, PMB.

Adore a Jesus e acredite e lute pelo seu país pelas instruções do evangelho. Mas por favor, não siga cegamente líderes, mesmo que por melhores que sejam, idolatria sempre será errado e condenado por Deus. Ou você acha que idolatrar somente se configura quando ajoelhamos e fazemos preces? Reveja seus conceitos bíblicos.

Gilmar Caetano Tomáz

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