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quarta-feira, 1 de março de 2017

O que eu penso sobre Política


Algumas pessoas já me perguntaram sobre o meu posicionamento político, ou o partido do meu agrado. Algumas vezes falo sobre, outras vezes não digo nada. Mas resolvi aqui dizer o que realmente penso sobre política e política partidária (a meu ver, coisas completamente distintas).

1. Sou um homem do Evangelho, e Este por falar de vidas humanas, inevitavelmente é político. E digo política no sentido mais bonito e abrangente da palavra: Polis (grego) – a arte de governar, administrar. João Calvino dizia: “Não se deve pôr em dúvida que o poder civil é uma vocação, não somente santa e legítima diante de Deus, mas também mui sacrossanta e honrosa entre todas as vocações”. Por isso sou completamente político.

2. Por outro lado não sou de partido nenhum. Pelo simples fato de que Jesus nunca fez parte dos partidos de sua época, como os fariseus, saduceus, zelotes, herodianos, cicários. E não falo de tais partidos no sentido pejorativo, mas elevando as mais sinceras propostas dos tais. Creio que a utilidade pública que poderei prestar para uma sociedade está no falar e na exposição prática dos princípios do Evangelho, de outra forma seria mais desgastante (percebe-se isso a médio e longo prazo).
  • O que é Evangelho para mim? Evangelho está nas Palavras de Jesus em Lucas 4.18-19 “O Espírito do Senhor está sobre mim, porquanto me ungiu para anunciar boas novas aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos, e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e para proclamar o ano aceitável do Senhor.” Portanto, a boa nova, Evangelho, nada mais é do que a vida e os ensinamentos de Jesus para o homem enquanto nessa terra.
  • Viver como Jesus ensinou, é convicção de uma vida saudável em todos os aspectos, enquanto que a não observação de tais ensinos, abrem espaços para todo e qualquer tipo de atrocidade, iniciando-se na família e espalhando-se para toda a sociedade e nas mais diferentes instituições e áreas da vida. Leia Mateus 5, 6 e 7 para conhecer esses princípios.


3. Sei que podem pensar que vivo em cima do muro (risos). Não conseguem entender como é possível ser livre o suficiente para não ser de partido nenhum, nem tão pouco como ser útil sem engajamentos filosóficos, acadêmicos, ou institucionais. Mas calma, explicarei o motivo.
  • A meu ver, não tenho partido pois a dificuldade se evidenciará exatamente na política partidária (não na política), quando essa corre o risco de se perder ao longo do tempo. Toda e qualquer tentativa de departamentalização a revelia, bem como o engessamento de grupos específicos para causas especificas (mesmo que nobres), em detrimento ao bem coletivo, mas somente de seus simpatizantes, torna-se a longo prazo algo insuportável e contra a vida. Isso já acontecia na igreja de Corinto, de acordo com a Bíblia Sagrada, ou seja, no passado já tentaram isso. Lá existiam quatro grupos, com causas especificas e com supostas legitimidades. O problema é que apesar da beleza desses grupos em seus empreendimentos, inclusões particulares e pensamentos em comum, isso é visão cartesiana ocidental; não se vê o todo. Jesus não ensinou isso; Ele nunca disse: “Se fechem num grupo especifico e lutem pelo povo”. Não! Seu desejo era que somente existissem discípulos que contagiariam a todos pelo amor.
  • Sei que o modelo de política no Brasil tem esse padrão e perfil partidário. Até os sérios, dentro da conjuntura eleitoral política, precisam necessariamente engajar-se nos moldes partidários vigentes para qualquer benfeitoria. Mas, como disse, vejo tudo isso com ressalvas, pois existem muitos pontos nevrálgicos, que com o tempo o que deveria ser para o bem provoca gangrenas.
  • Também sei que o que mais incomoda a política partidária é o discurso político sem partidarismo. É possível? Claro que é! Partidarismo assim como denominações, apesar de nem sempre parecer, é engessamento, é contrato, é rótulo, é estar fechado. Prefiro princípios. É disso que o Evangelho nos fala.
  • No Brasil, o problema se agrava devido o número de partidos, (35) cada um como “paladinos” das resoluções nacional: PMDB, PTB, PDT, PT, DEM, PCdoB, PSB, PSDB, PTC, PSC, PMN, PRP, PPS, PV, PTdoB, PP, PSTU, PCB, PRTB, PHS, PSDC, PCO, PTN, PSL, PRB, PSOL, PR, PSD, PPL, PEN, PROS, SD, NOVO, REDE, PMB.

4. O princípio que uso para concordar ou discordar dos partidos em nosso país é básico: Suas tendências e projetos vêm assentando-se no alicerce do Evangelho e da vida? Se sim, Tô dentro. Simples assim. Do contrário é bomba humana. Digo isso, pois tanto a religião quanto a política pode transformar alguém em ótimo torcedor, mas péssimo marido; ótima articuladora, mas péssima mãe; grande líder, mas um desastre nos relacionamentos amorosos; engajado no bondadismo, mas vazio de simplicidade acolhedora; excelente em seus discursos, mas péssimo empregado ou patrão; sempre disposto a uma briga ideológica, mas nunca disposto a abraçar o que pensa diferente; militantes ou fanáticos com profundos conhecimentos da história de sua instituição, mas que não sabem cuidar, alimentar ou amar uma criança. Diferentemente da verdadeira política, que bebe da água do evangelho, pois o evangelho sendo uma forma de se viver, inevitavelmente é político.
  • As ideologias polarizadas tiram o tato, o carinho, o sexo, o carisma, o afeto, o lúdico, o beijo, a contemplação, o que é comum para a vida, ou seja, tiram exatamente o que nos caracterizam como seres humanos. As ideologias polarizadas geram problemas amorosos e familiares, deixam as pessoas distantes, isso a curto, médio, ou a longo prazo. Por isso entendo que ideologias partidárias negam os princípios mais elementares do Evangelho.


5. Minhas opiniões não são de partidos, mas dos princípios do evangelho, que é supra-partidário. Agora, se qualquer argumento que professo, for o mesmo de um partido; ou, se o ideal de um partido coincidir com o evangelho, eu louvarei, mas não me rotule.

6. Precisamos nos mobilizar em favor coletivo e não segregado de forma partidária. Mostre sua verdade no seu bom trato, e não na sua ignorância e desdenho de pessoas que não pensam como você. Onde tem gente de caráter, inteligência, competência, agradável, ética, devemos estar, independentemente de partido. Um discípulo não fecha com nenhuma ideologia. A alguns anos, aprouve a Deus me dar a oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas dentro de partidos, quando tive a honra de ser convidado para uma reunião a convite da secretaria da presidência da república, para estar em Brasília, no palácio do planalto, com pessoas de diferentes pontos do Brasil. Que prazer conhecer humanos tão distintos com seus partidos, mas com pensamentos em comum.

7. Ainda me perguntam: você tem referenciais políticos? Em nosso tempo, tenho vários, mas prefiro somente referir-me aos profetas do Antigo Testamento, como o vaqueiro Amós, que com sua simplicidade e visão apuradíssima de sua época e das necessidades sociais, deixa hoje, qualquer pensador, idealizador ou militante, envergonhado pois tamanha era sua consciência política.

8. Enfim, pra mim um bom político, antes de tudo, precisa ser um bom pai, uma boa mãe, um bom filho, uma boa filha, honesto(a), acolhedor(a), pacificador(a), agradável, que saiba ver as qualidades dos outros. Além disso, qualquer visão, mesmo que partidária precisa ser conhecida pelo bom trato, não pelas elucubrações.

Encerro dizendo que meu posicionamento não me faz maior, nem menor, apenas teu servo. Bora unirmos as forças para bem de todos?

Gilmar Caetano Tomáz

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